Julho
7
2020

[:pt]Violas de Arame II

Viola Amarantina, outra herdeira da vihuela ou viola quinhentista.

Entre as diversas violas de arame portuguesas, encontramos a Viola Amarantina. Não é certo que tenha nascido em Amarante, mas foi nesta zona e em outras limítrofes que se popularizou.

É facilmente identificável pela sua boca, que configura uma peculiar forma de dois corações e não as tradicionais bocas redonda e de raia. Diz a lenda (uma delas) que face à proibição de namoro com a dona do seu coração, um jovem terá desenhado num papel dois corações acompanhados pela frase “ unidos para sempre”. A possibilidade do papel se estragar, fez com que o jovem gravasse no tampo de uma viola os dois corações, para assim fazer perdurar o seu amor.


Uma outra curiosidade, que entretanto caiu em desuso, era a utilização de doze cravelhas, duas das quais sem serventia.
Morfologicamente idêntica à Viola Braguesa (de que muitos dizem ser uma variante), apresenta 5 ordens de cordas metálicas. A escala estende-se em cima do tampo até à boca, onde se encontram alguns meios trastes, apenas para as primeiras cordas, mais agudas, vocacionadas certamente para o aumento da amplitude do instrumento

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As suas afinações mais usuais são LÁ MI SI LÁ RÉ ou a afinação Moda Velha LÁ FÁ# SI SOL RÉ.
Na sua construção, empregam-se a nogueira, o pinho de Flandres,o mogno, o choupo ou o pau-preto.

 

Fonte : Ernesto Veiga de Oliveira |Luís Silva

Na fotografia, Viola Amarantina, modelo 20280, construtor Artimúsica Instrumentos Musicais Lda, disponível da Casa da Guitarra.

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