Outubro
29
2020

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As primeiras guitarras portuguesas com semelhanças físicas, mecânicas e tímbricas com as actuais tiveram origem nos anos 20 do séc XX com violeiros como Augusto Vieira, António Victor Vieira ou João Pedro Grácio Junior. Na mesma época, foram decisivas as contribuições de grandes executantes e compositores como Armando Freire 𝘈𝘳𝘮𝘢𝘯𝘥𝘪𝘯𝘩𝘰 ou 𝐀𝐫𝐭𝐮𝐫 𝐏𝐚𝐫𝐞𝐝𝐞𝐬, este último inaugurando o estilo coimbrão. Mais tarde, na década de 40, o diálogo entre Paredes e 𝐤𝐢𝐦 𝐆𝐫á𝐜𝐢𝐨 e o irmão 𝐉𝐨ã𝐨 𝐏𝐞𝐝𝐫𝐨 𝐆𝐫á𝐜𝐢𝐨 𝐉𝐮𝐧𝐢𝐨𝐫 levou ao apuramento de certas características mecânicas e à estabilização de formas para o modelo mais tarde denominado de Guitarra de Coimbra.
 
Guitarra de Lisboa ou 𝐆𝐮𝐢𝐭𝐚𝐫𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐂𝐨𝐢𝐦𝐛𝐫𝐚 recebem estas designações pelas características sonoras e recursos expressivos diversos, apropriados ao repertório nelas executado – o guitarrista profissional de Lisboa procura uma execução mecânica perfeita e com bastante ressonância para que se ouça o particular 𝘷𝘪𝘣𝘳𝘢𝘵𝘰 do fado lisboeta, em Coimbra prefere-se um instrumento de maior volume sonoro (para o exterior, para as serenatas,…) timbricamente mais agudo e encordoado com mais tensão, apesar de afinado um tom abaixo do estilo de Lisboa, 𝐋á 𝐒𝐨𝐥 𝐑é 𝐋á 𝐒𝐨𝐥 𝐃ó.
 
Fonte: Pedro Caldeira Cabral
 
Guitarra Portuguesa de Coimbra, modelo O Tempo, de Artimúsica Instrumentos Musicais Lda , disponível na Casa da Guitarra.
 
+ info: geral@casadaguitarra.pt | 222010033 | www.casadaguitarra.pt

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