Existe em Portugal uma variedade de cordofones única na Europa e o Porto assume um lugar de destaque pelo número de personalidades que trabalharam na cidade e contribuíram de forma assinalável para o desenvolvimento dos instrumentos de corda portugueses. Os 𝐕𝐢𝐨𝐥𝐞𝐢𝐫𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐏𝐨𝐫𝐭𝐨 ocuparam artérias específicas da cidade – Bainharia, Mouzinho da Silveira, Sol, entre outras – e a sua história pode recuar até ao séc XVII.
Um nome incontornável neste contexto é 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐝𝐚 𝐂𝐮𝐧𝐡𝐚 𝐌𝐞𝐥𝐥𝐨 (1847-1924), que juntamente com os seus filhos, é referenciado em alguns dos mais importantes dicionários de violaria mundial como Vannes e Pratt.
Com oficina primeiramente na rua da Bainharia, 66 e 68, e mais tarde na rua da Porta Nova, 43 a 47, é contemporâneo de António Duarte. Fabricava todo o tipo de cordofones como guitarras, violas, cavaquinhos e bandurrinhos com reconhecida qualidade, tendo sido premiado em exposições nacionais e no estrangeiro.
Fonte:
Eduardo Baltar Soares
Recordamos a bonita Guitarra Portuguesa de Joaquim da Cunha Mello recuperada na oficina da Casa da Guitarra.